2 de fevereiro de 2007

2. A miragem

Durante quatro dias ela está no horizonte, a mítica Sexta-feira, o dia de Vénus em outras culturas menos propensas a sistemas matemáticos. E quando chega finalmente só consigo pensar no mítico Sábado, o dia de Saturno em outras culturas menos propensas a sistemas bíblicos. Não consigo entender o fascínio pelo fim de semana. É sempre um período demasiado curto que termina com grande angústia na noite de Domingo, o dia do Sol em outras culturas menos propensas ao drama. Mas o interessante é que tudo se repete a partir de Segunda-feira, o dia da Lua em culturas com os pés menos assentes na Terra, de manhã. É (mais) um ciclo reconfortante de ansiedade, expectativa, frustração e decepção. Por isso se deseja bom fim de semana como, em 1940, se desejava boa viagem a um piloto da RAF.

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