30 de dezembro de 2009

1064. Frase

«Um murmúrio imperceptível durante o dia, enche toda a penumbra nocturna.»

Teixeira de Pascoaes

1063. Janelas verdes

1062. Metro 50 anos

29.XII.1959: 11 estações
29.XII.1969: 15
29.XII.1979: 20
29.XII.1989: 24
29.XII.1999: 40
29.XII.2009: 52

1061. Andorinha autocolante

28 de dezembro de 2009

1060. O campo

É bom para dormir e comer, e comer e dormir, e comer e dormir. Mas é mau porque se grunhe e faz muito frio e muito calor. E porque se come demais. Come-se demais. Mas é bom porque se dorme. O suficiente.

1059. Blue sky

27 de dezembro de 2009

1058. Schlesisches Tör

«É domingo ainda e chove ainda
num vago jardim perdido.
Fora de mim qualquer coisa em mim finda
como em alguém desconhecido.

Como se fosse domingo
no desfeito sonho de alguém
sonhando comigo,
lembro-me (quem?)

de outro jardim, de outro domingo
indistintamente existindo,
como eu próprio, em mim.
Agora em que jardim

alheio e indiferente
chove em mim para sempre?
Também eu sou outro
transportando um morto.»

Manuel António Pina.

1057. Cardos

1056. Casamento

Sim ao referendo - sobre o casamento, de uma forma geral.

1055. Prédio

26 de dezembro de 2009

1054. Correspondente

«Johnny Jones: This is Scott ffolliott, newspaperman same as you. Foreign correspondent. Mr. Haverstock, Mr. ffolliott.
Scott ffolliott: With a double 'F'.
Johnny Jones: How do you do?
Scott ffolliott: How do you do?
Johnny Jones: I don't get the double 'F'.
Scott ffolliott: They're at the beginning. Both small 'F's
Johnny Jones: They can't be at the beginning.
Scott ffolliott: One of my ancestors was beheaded by Henry VIII. His wife dropped the capital letter to commemorate it. There it is.
Johnny Jones: How do you say it, like a stutter?
Scott ffolliott: Just a straight 'fuh'.»

Foreign Correspondent, 1940.

1053. Passaritos

21 de dezembro de 2009

1052. O mistério de Ameigen

«Eu sou o vento que sopra à flor do mar,
sou vaga do mar,
bramido do mar.»

Herberto Hélder

20 de dezembro de 2009

16 de dezembro de 2009

13 de dezembro de 2009

1046. Gracias a la vida

«Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio dos luceros que, cuando los abro,
perfecto distingo lo negro del blanco,
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el oído que, en todo su ancho,
graba noche y día grillos y canarios;
martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
y la voz tan tierna de mi bien amado.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario,
con él las palabras que pienso y declaro:
madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
la ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
con ellos anduve ciudades y charcos,
playas y desiertos, montañas y llanos,
y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio el corazón que agita su marco
cuando miro el fruto del cerebro humano;
cuando miro el bueno tan lejos del malo,
cuando miro el fondo de tus ojos claros.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto.
Así yo distingo dicha de quebranto,
los dos materiales que forman mi canto,
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos, que es mi propio canto.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.»

Violeta Parra, 1965.

8 de dezembro de 2009

1042. Desgraça

«'It's admirable what you do, what she does, but to me animal-welfare people are a bit like Christians of a certain kind. Everyone is so cheerful and well-intentioned that after a while you itch to go off and do some raping and pillaging. Or to kick a cat.'»

J.M. Coetzee, Disgrace, 1999.

6 de dezembro de 2009

1040. Escuro

«A alma do Advento é a fé de quem não se resigna, o amor de quem acredita na solidariedade, a esperança de quem, mesmo perante o horizonte mais escuro, resiste, mas não dispensa a companhia dos poetas, dos sonhadores e da música.»

Bento Domingues, Público, 6.XII.2009

5 de dezembro de 2009

1039. Não sei bem

1038. Assim

«No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.»

Ricardo Reis, 1925.

1037. 2012

Roland Emmerich, 2009.

2 de dezembro de 2009

1036. Never

«Never work before breakfast; if you have to work before breakfast, eat your breakfast first.»

Josh Billings, 1865.

1035. Estrada irreflectida

1 de dezembro de 2009

1034. Fim

«This is not the end. It is not even the beginning of the end. But it is, perhaps, the end of the beginning.»

Winston Churchill, 1942.

1033. Tanque

1032. Yo

«Yo voy por esta solitaria tierra,
de antiguos pensamientos molestado,
huyendo el resplandor del sol dorado,
que de sus puros rayos me destierra.

El paso a la esperanza se me cierra;
de una ardua cumbre a un cerro vo enriscado,
con los ojos volviendo al apartado
lugar, solo principio de mi guerra.

Tanto bien presenta la memoria,
y tanto mal encuentra la presencia,
que me desmaya el corazón vencido.

¡Oh crüeles despojos de mi gloria,
desconfïanza, olvido, celo, ausencia!;
¿por qué cansáis a un mísero rendido?»

Fernando de Herrera, 1597.

1031. Sinai