in «Aprender a Rezar na Era da Técnica», Gonçalo M. Tavares, 2007
16 de novembro de 2008
480. Lenz
«Estava-se na verdade diante de uma máquina - o relógio - que assinalava o tempo de chegada de outra máquina - o comboio. E mesmo assim falhavam, havia dessincronização: o que os homens desejavam e haviam fixado no papel não sucedera. De que forma acertar, então, tempos, tendo em conta o conjunto de outros acontecimentos que o mundo e os homens produziam? Eis a dificuldade, pensava o debilitado Lenz naquele momento, é tão raro o encontro: duas coisas que desejam cruzar-se, cruzarem-se mesmo, no tempo e no espaço desejados.»
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