Entrevista de Vasco Pulido Valente ao Diário Económico de 17 de Agosto:
«Sou agora incapaz de dizer bem!»
«É claro que gosto de ser português. Se não gostasse, ao fim de tantos anos, tinha arranjado maneira de me ir embora. Gosto de viver em Portugal. Sou português até ao tutano. Caso contrário não teria a menor paciência para escrever sobre Portugal. Como passei a minha vida a fazer, principalmente como historiador.»
«As melhores férias são em Roma. Para a Constança e para mim, Roma é a cidade. Infelizmente, fumamos e a Itália proibiu o tabaco. Estamos a pensar em deixar de fumar.»
«7 de Novembro é o dia em que há 200 anos Junot entrou em Lisboa. As invasões francesas são, para mim, a principal ruptura da nossa História moderna. O título é Ir para o Maneta. O «Maneta» era um general de Junot, o general Loison, que não tinha um braço. Fez uma campanha punitiva como reacção ao levantamento popular de 1808 e matou milhares de pessoas nas Beiras e no Alentejo. «Ir para o maneta» significava, e significa, morrer.»
«Vejo filmes em DVD. Angustia-me ir às salas de cinema. Sinto-me mal no meio de multidões. O último filme que vi foi o Triunfo da Vontade, de Leni Riefensthal. Estou a preparar um curso sobre a Europa de antes da I Guerra até ao início da II Guerra e li um livro sobre Hitler. Tive uma dúvida sobre se em 1934 era absolutamente claro que Hitler queria a guerra. Vi o filme e fiquei de boca aberta: só um acéfalo é que não percebia. Aquilo era uma declaração de guerra. Ao mundo!»
1 de setembro de 2007
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